Adrenalina pura!

- Quer saber de uma coisa, vamos ao kart!
- Ahn??

Foi assim que o meu noivo respondeu quando, entediada pela final do campeonato pernambucano, eu decidi andar de kart no GKI, do Carrefour da Torre. Compramos um cupom de desconto em março, mas tava lá guardado no baú dos nossos e-mails. Programinha pago, então já é. Juntou a fome com a vontade de comer. Coloquei meu tênis e fui mimbora pra lá.

O GKI fica no estacionamento do supermercado. Super fácil.

Chegando lá, a gente preenche um ficha de "você tá por conta própria", ou seja, assinei a ciência de que algo poderia acontecer ali e deu um medo da gota. Olhei pra pista e um kart tinha acabado de bater no outro. Ai, medo de novo.

Mas como toda curiosa, não ia nadar e morrer na praia. Gritei pra moça (o barulho é realmente absurdo por la): e agora? eu vou pra onde?

Olhei a prateleira repleta de macações e capacetes e pensei uma coisa que qq outra mulher pensaria: vou vestir essa roupa catingosa de homem suado? Nananinãonão! Gentilmente, perguntei se tava tudo limpinho e ela (porque entendeu a nóia) falou: tudo lavado e esterelizado. Opa, então tá bom. Constrangedor é: colocar uma touquinha de hospital na cabeça para colocar o capacete. Entendo que é por questões de higiene mesmo, mas é ridículo. Toda "montada" para o grid de largada, caminhei para reconhecer a pista e foi aí que começou a melhor parte: o coração disparou e foi adrenalina pura, mô véi. Primeiro você reconhece, depois disputa para quem dar a melhor volta e então.... vem a corrida de verdade.

No meu caso, o gosto foi especial. Segurei duas voltas na frente de um cara e isso me deu o maior orgulho. Isso durou até o momento que ele me deu um tranca e me mandou direto para a muralha de pneus. Tudo bem. Foi bom enquanto durou. Como não tinha nem chance de ultrapassar os rapazes, me contentei em tentar bater o meu melhor tempo e foi massa. Essa coisa de superação enebria a gente. Deu pra sentir esse "feeling" esportivo de ser o melhor e dar o melhor. Foi massa e me diverti horrores.

Não deu:  A falta de espírito esportivo dos caras que estavam competindo. Mesmo eu não fazendo a menor diferença pra corrida, levei vários "totozinhos" por trás. Esperneei, reclamei e eles levaram advertência. Mas nada que eu não pude contornar como boa motorista que eu me considero.

Coisa boa: a adrenalina, o frio na barriga.

E aí, valeu a pena? Muito.  O preço é um pouco salgado (R$ 50 reais, por meia hora), mas eu recomendo demais. Ainda melhor se você reunir uma turma grande de amigos. Fica mais divertido, menos competitivo (em tese) e muito mais emocionante.